A era da competitividade acabou mas ainda é perceptível comportamentos de um mundo egoísta, resquícios de uma ancestralidade da busca pela sobrevivência do homem das cavernas cujos mecanismos só tinham sentido de ser devido ao nível de consciência de um tempo que já não é. Ser pioneiros num novo paradigma civilizacional exige de cada ser humano mais paciência, amor, persistência e principalmente, entrega. Enquanto há aqueles que já compreenderam a importância de unir, ainda há outros com as resistências da separatividade. A desarmonia e o caos não são necessariamente frutos de grandes acontecimentos, elas podem surgir em pequenos atos, detalhes e comportamentos. Voltarmos para uma nova realidade entre relações onde a unidade de tudo o que somos possa caminhar em harmonia com o que sonhamos e buscamos desconstrói o velho e por isso ainda existe uma grande dificuldade e lentidão por parte daqueles que não perceberam ainda que somar é sempre muito melhor que dividir.
A união de ideias e iniciativas com um foco comum a um bem maior é um dos caminhos para esse novo tempo que já existe. Quando há uma genuína intenção na construção de algo concreto, projetos ou atividades que tenham como o objetivo principal criar condições e mecanismos para uma sociedade melhor não há porque haver temores ou indiferenças. Uma filosofia e ética antiga africana conhecida como ubuntu já revelava o que de mais belo o atual cenário vem trazendo à sociedade os novos tempos: “sou quem sou, porque somos todos nós”. Uma pessoa com ubuntu tem a consciência de que ela é afetada quando um semelhante seu é afetado, ou seja, ela sabe que não é uma “ilha” e que precisa dos outros para ser ela mesma. Ubuntu é compaixão, partilha e empatia, por isso, nessa filosofia tão antiga dos povos de língua zulu, podemos apreciar um breve movimento do que nos espera nessa nova humanidade que já está atuando com o foco na unidade, e não na separatividade, livres das amarras do medo e da ilusão tão fortemente alimentada por comportamento egoístas.
A essência de ubuntu é revelar que o ser humano é “ser com os outros” e que “ser com os outros” deve ser tudo. Traz um novo olhar que não permite mais perceber separatividades ou desarmonias, muito pelo contrário, unifica, coletiviza, desperta a observação profunda e individual em cada humano que ainda não percebeu que ao se isolar do todo, se isola de si mesmo. Nelson Mandela dizia: “Ao contrário do homem branco, o africano quer o universo como um todo orgânico que tende à harmonia e no qual as partes individuais existem somente como aspectos da unidade universal”.
Que possamos sentir mais profundamente essa manifestação real da unidade e exalar em cada ação a verdadeira cortesia, o compartilhamento, a generosidade, o desprendimento e o senso de confiança. Que os novos tempos ressuscite as velhas filosofias como ubuntu sem apegos a nomes ou dogmas mas na verdadeira prática da essência do que significa sermos um com todos num contínuo e verdadeiro exercício de altruísmo em benefício de tudo aquilo que estiver mais próximo de nós; desde o núcleo familiar, à comunidade, uma cidade, um país, para que muito facilmente todo o planeta já possa ressoar nessa pacífica realidade de união.
Fernanda Paz
Dezembro 2019
UBUNTU: de la antigua filosofía africana a la realidad de los nuevos tiempos
La era de la competitividad ha terminado, pero aún se notan comportamientos de un mundo egoísta, restos de una ascendencia de la búsqueda de supervivencia del cavernícola cuyos mecanismos sólo tenían el sentido de deberse al nivel de conciencia de una época que ya no existe. Ser pioneros en un nuevo paradigma civilizatorio requiere más paciencia, amor, perseverancia y, sobre todo, dedicación por parte de cada ser humano. Si bien hay quienes ya han comprendido la importancia de unirse, todavía hay otros que se resisten a la separación. La desarmonía y el caos no son necesariamente el resultado de grandes acontecimientos, pueden aparecer en pequeños actos, detalles y comportamientos. Retornar a una nueva realidad entre relaciones donde la unidad de todo lo que somos pueda caminar en armonía con lo que soñamos y buscamos deconstruye lo viejo y por eso aún hay gran dificultad y lentitud por parte de quienes aún no se han dado cuenta de que sumar Siempre es mucho mejor que compartir.
La unión de ideas e iniciativas con un enfoque común en el bien común es uno de los caminos hacia esta nueva era que ya existe. Cuando existe una intención genuina de construir algo concreto, proyectos o actividades cuyo objetivo principal sea crear condiciones y mecanismos para una sociedad mejor, no hay por qué miedo ni indiferencia. Una antigua filosofía y ética africana conocida como ubuntu ya reveló lo más hermoso que el escenario actual está trayendo a la sociedad en los nuevos tiempos: “Yo soy quien soy, porque todos somos nosotros”. Una persona con Ubuntu es consciente de que se ve afectada cuando alguien similar a él lo está, es decir, sabe que no es una “isla” y que necesita que los demás sean ellos mismos. Ubuntu es compasión, compartir y empatía, por eso, en esta antigua filosofía del pueblo de habla zulú, podemos apreciar un breve movimiento de lo que nos espera en esta nueva humanidad que ya actúa con un enfoque de unidad, y no de separación. libres de cadenas de miedo e ilusión tan fuertemente alimentadas por comportamientos egoístas.
La esencia de Ubuntu es revelar que el ser humano es “estar con los demás” y que “estar con los demás” debe serlo todo. Aporta una nueva mirada que ya no permite percibir separaciones ni desarmonías, todo lo contrario, unifica, colectiviza, despierta la observación profunda e individual en cada ser humano que aún no se ha dado cuenta de que al aislarse del todo, se aísla del todo. ellos mismos. Nelson Mandela dijo: “A diferencia del hombre blanco, el africano quiere el universo como un todo orgánico que tiende a la armonía y en el que las partes individuales existen sólo como aspectos de la unidad universal”.
Que podamos sentir más profundamente esta manifestación real de unidad y irradiar verdadera cortesía, compartir, generosidad, desapego y sentido de confianza en cada acción. Que los nuevos tiempos resucitemos las viejas filosofías como ubuntu sin apegos a nombres ni dogmas sino en la verdadera práctica de la esencia de lo que significa ser uno con todos en un continuo y verdadero ejercicio de altruismo en beneficio de todo lo que está más cerca de nosotros. ; desde el núcleo familiar, hasta la comunidad, una ciudad, un país, para que muy fácilmente todo el planeta pueda resonar en esta pacífica realidad de unión.
Fernanda Paz